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A plástica ocular enquadra-se como sub-especialidade da oftalmologia. Ela tem como objetivo tratar problemas que envolvem: os anexos oculares (pálpebras, cílios, supercílios); vias lacrimais e problemas do globo ocular. Estes problemas podem ser de ordem patológica (plástica ocular reconstrutiva) ou estética (plástica ocular estética).
Nos anexos oculares temos os seguintes procedimentos ou quadros que são apresentados:
É a condição em que a margem da pálpebra superior está em uma posição mais baixa que o normal. Pode acometer uma ou ambas as pálpebras.
A ptose palpebral pode ser congênita, ou seja, presente no nascimento, ou adquirida.
A ptose congênita em geral é ocasionada por má formação do músculo responsável por manter a pálpebra aberta, podendo ter graus variáveis de comprometimento muscular e consequentemente de severidade da ptose.
As ptoses adquiridas normalmente ocorrem por desinserção do músculo elevador da pálpebra de sua posição normal.
A ptose também pode fazer parted de doenças sistêmicas, como a miastenia gravis.
Quanto mais pronunciada estiver a queda palpebral, maior serão os sintomas, de uma forma geral, a principal queixa recai sobretudo, na aparência estética, podendo ainda em alguns casos trazer dificuldade visual por obstruir o campo de visão.
O tratamento normalmente é através de procedimento cirúrgico (vide: Blefaroplastia.) e irá variar conforme a causa. Em crianças a idade ideal para correção é após os 4 anos de idade, salvo em casos em que a ptose é muito severa, ocorrendo oclusão do eixo visual, em que a cirurgia deve ser precoce.
É a alteração anatômica da borda palpebral podendo ser para fora (eversão), chamada de Ectrópio, ou para dentro (inversão) em direção ao globo ocular, denominado Entrópio.
Os sintomas do entrópio são mais pronunciados do que no ectrópio pelo fato de os cílios estarem em contato direto com a superfície ocular, pode gerar mais irritação.
Este processo acontece frequentemente em idosos, mas pode se dar também naqueles que sofreram algum tipo de lesão na pálpebra por queimadura, exposição solar excessiva, ou por sequela de cirurgia plástica, resultando em formação de tecido cicatricial sobre a região.
Os principais sintomas são:
O único tratamento é através da correção cirúrgica (vide Blefaroplastia).
Calázio é uma lesão da pálpebra em decorrência de um tumor benigno. Ela é causada pela inflamação da glândula de Meibômio (responsável pela produção de secreção sebácea), com a sua passagem obstruída forma-se um lipogranuloma.
Ela pode ser confundida com o terçol, no entanto diferencia-se pelo fato de não ser causada por infecção bacteriana.
A pálpebra pode ficar sensível, avermelhada, inchada e quente, assemelha-se aos sintomas de terçol.
Geralmente o calázio desaparece sozinho. O tratamento é clínico na fase inicial, com uso de compressas mornas, ? s vezes pode se utilizar anti-inflamatórios, no entanto, medicamentos com corticoides e antibióticos são desnecessários para o tratamento de calázio. Caso haja reincidência o oftalmologista poderá realizar uma cirurgia de desobstrução da glândula sebácea.
O tratamento das vias lacrimais é considerado uma subespecialidade dentro da plástica ocular, aborda principalmente as disfunções da drenagem da lágrima, suas alterações ou infecções (dacriocistite aguda ou crônica). O canal lacrimal conecta as pálpebras ao nariz por meio do ducto naso-lacrimal e é responsável pelo escoamento da lágrima. A obstrução do canal lacrimal gera lacrimejamento constante. Pode ser congênito ou adquirido.
Com relação as vias lacrimais, temos os seguintes procedimentos principais que podem ser realizados: – Sondagem lacrimal – Dacriocistorrinostomia.
Este procedimento é indicado para apenas para crianças que não obtiveram uma cura espontânea do lacrimejamento devido a obstrução do canal lacrimal. A obstrução congênita afeta em média 6% dos recém nascidos. Cerca de 90 % destes recém nascidos, resultam em cura espontânea, apenas com massagem suave no canto nasal do olho comprometido.
A sondagem das vias lacrimais é feita utilizando-se de uma sonda, sob anestesia geral, com ou sem intubação das vias lacrimais utilizando-se de tubo de silicone. Este procedimento é indicado normalmente entre 8 a 14 meses, com chance de sucesso próximo dos 90% dos casos.
Caso o tratamento falhe, que é incomum de acontecer, poderá ser indicado o procedimento que é realizado em adultos, a Dacriocistorrinostomia.
Após a realização da cirurgia de enucleação ou evisceração é necessário o preenchimento do espaço vazio (denominado olho murcho), este procedimento visa reconstituir o aspecto estético e recupera o volume orbitário, preserva a forma e o movimento das pálpebras e impede a entrada de corpos estranhos na órbita.
Atualmente existem diversos tipos de prótese ocular e o trabalho é feito manualmente ou digitalmente, o especialista buscará a representar as características do olho de forma praticamente idêntica a um olho verdadeiro.
A evisceração e a enucleação são procedimentos utilizados quando os olhos são comprometidos gravemente por doenças, traumas ou acidentes.
? Após ambos os procedimentos será necessária a confecção de uma prótese ocular, que irá restaurar a estética facial.
A Blefaroplastia consiste na remoção de pele em excesso na pálpebra superior e/ou inferior. Esta cirurgia é indicada para remover o excesso de pele e bolsas de gordura na pálpebra, dando ao paciente uma aparência mais jovial e menos cansada.
Podem ser de aspecto estético para um rejuvenescimento da região periocular e melhora do aspecto de cansaço que o excesso de pele e as bolsas palpebrais ocasionam. Existem também indicações funcionais, quando o excesso de pele em pálpebra superior é tão expressivo que causa limitações no campo visual.
Poderão ser solicitados exames laboratoriais e de imagem, dependendo da idade e da história clínica do paciente. Embora a cirurgia seja realizada com anestesia local e sedação seguem os mesmos cuidados básicos de qualquer procedimento cirúrgico:
O procedimento é realizado em nível ambulatorial, sob anestesia local associada com sedação, acompanhada por médico anestesiologista. Dura entre 1-2 horas, e o tempo de permanência na sala de recuperação pós operatória é em geral de 1:30 horas.
As incisões cirúrgicas normalmente ficam escondidas em dobras naturais da pele palpebral.
O edema e hematomas pós operatórios variam de paciente para paciente, mas algumas medidas simples podem minimizá-los:
Os pontos são retirados geralmente entre 6-7 dias, podendo se retornar a atividade normal após este período, salvo algumas restrições de exercícios físicos.
A toxina botulínica, comercialmente conhecida como Botox é um agente paralisante da musculatura ocular, com efeito temporário. Na oftalmologia foi inicialmente usado no tratamento de estrabismo e em blefaroespasmo (doença em que ocorre contração involuntária da musculatura periocular, ocasionando fechamento palpebral e consequente limitação visual). Posteriormente foram observados seus efeitos estéticos, na suavização das rugas perioculares e da região frontal, proporcionando um rejuvenescimento facial.
Em termos estéticos o Botox pode ser empregado para minimizar os efeitos do envelhecimento sobre a pele do rosto. Suaviza as rugas e a flacidez entre as sobrancelhas, entre as linhas horizontais da testa e as linhas de expressão ao redor dos olhos (pés-de-galinha).
Em termos terapêuticos na oftalmologia é empregado no tratamento da doença denominada Blefaroespasmo (vide Blefaroespasmo).
O efeito do medicamento tem duração variável de paciente para paciente, mas normalmente sua eficácia é observado por um período de 4-6 meses, podendo ser repetido.
A toxina é injetada por uma agulha muito fina, em pontos pré-determinados, dependendo do objetivo proposto, podendo ser utilizado anestésico tópico para minimizar qualquer tipo de dor. O procedimento é rápido, seguro e não deixa cicatriz. Não exige cuidados prévios ou pós aplicação devido ao fato de que os efeitos passam totalmente após alguns meses, sendo necessário a reaplicação da substância para a manutenção do efeito terapêutico.
O blefaroespasmo é uma doença causa pela contração muscular involuntária da pálpebra e músculos ao redor dos olhos, neste quadro a pessoa pisca o olho involuntariamente, se não tratado pode a frequência do piscar, terminando em cegueira funcional. Ocorre normalmente de forma bilateral e afeta principalmente mulheres acima de 50 anos.
O tratamento é clínico e se dá pela aplicação de toxina botulínica (botox) nos músculos ao redor dos olhos. De 5 em 5 meses será necessário a nova aplicação para manter o efeito antiespasmódico.
Nas pálpebras podemos encontrar diversos tipos de tumores, tanto malignos como benignos. Os tumores malignos são de progressão rápida, acomete pessoas mais idosas e apresentam ulcerações, vasos pequenos, deformidades locais e perda de cílios. Podemos encontrar os seguintes tipos:
Os tumores benignos são caracterizados por ser lento e progressivo, geralmente não manifestando sintomas durante anos. Podemos encontrar os seguintes tipos:
Os sintomas serão de acordo com o tipo de tumor (maligno ou benigno) e o grau de avanço da doença. O maior risco encontra-se nos tumores malignos, podendo levar a lesão grave da pálpebra, podendo invadir o globo ocular e a órbita, necessitando de cirurgia para remoção da órbita em casos de diagnóstico tardio.
O diagnóstico deve ser feito pela análise clinica do seu oftalmologista. Caso haja suspeita de malignidade, será encaminhado para o exame anatomopatológico, chamado de Biópsia de pálpebra. O resultado da biópsia determinará de forma definitiva o diagnóstico do tipo de tumor.
As causas geralmente decorrem de exposição excessiva ao sol durante a vida, normalmente de pessoas de pele clara e acima dos 40 anos. Outros fatores como, alimentação e fumo podem contribuir para o aumento das chances de desenvolver o tumor palpebral.
Na maioria dos casos a simples ressecção cirúrgica pode ser suficiente. Porém nos casos de malignidade onde ocorre uma lesão mais extensa pode ser necessário a reconstituição palpebral com retalho ou enxerto.
Terçol ou também chamada de hordéolo, consiste na infecção da glândula sebácea localizada próxima aos cílios na pálpebra. Sua causa decorre uma infecção bacteriana.
O terçol apresenta-se com os sinais comuns de uma infecção, como: calor, rubor, dor e edema. Inicia-se com um caroço e torna-se evidente após o terceiro dia, normalmente após uma semana desaparece espontaneamente havendo a drenagem de seu conteúdo infeccioso pelo próprio organismo.
O tratamento é feito com o uso de compressas mornas todos os dias, várias vezes. O médico poderá receitar ainda, colírios ou pomadas com propriedades antibióticas.
É uma inflamação não contagiosa das camadas gordurosas das pálpebras, afetando transitoriamente os olhos. A inflamação e dá na região que crescem os cílios, podendo ser recorrente, surgindo em todas as idades.
Os principais sintomas são: coceira, vermelhidão e irritação da área afetada, cílios grudados ao acordar, lacrimejamento.
As recomendações médicas são geralmente a higienização diária da área com shampoo neutro. Isto ajuda a remover a oleosidade e as bactérias da pálpebra. A aplicação de compressas mornas podem ser úteis. Pomadas antibióticas e colírios podem ser indicados pelo seu médico.
Quando ocorre a obstrução das vias lacrimais no adulto, não é efetivo o tratamento da sondagem das vias lacrimais. A única forma de tratar é via cirúrgica, por um procedimento chamado de Dacriocistorrinostomia.
Esta cirurgia criará um novo caminho entre o saco lacrimal e a cavidade nasal, melhorando a drenagem da lágrima.
Este procedimento pode ser externo, no qual o médico oftalmologista fará uma pequena incisão, próxima ao nariz, o que resultará em uma pequena cicatriz. Com o avanço da cirurgia, hoje temos a opção de se fazer via interna, por endoscopia nasal, não deixando cicatrizes externas com resultados excelentes. O procedimento exige anestesia geral e deve ser realizado em âmbito hospitalar.
A cirurgia será indicada principalmente quando há a presença de sintomas de obstrução do canal lacrimal, resultando em lacrimejamento excessivo (epífora) ou quando resultar infecções recorrentes do saco lacrimal (dacriocistite).
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